As manias do paulistano já são todas conhecidas: a gente acha que não tem sotaque, pensa que não fazer nada é perda de tempo e que dormir pouco é um valor. São Paulo, o entanto, está longe de ser tão manjada quanto seus habitantes. Se você acha a cidade feia, cinzenta e mais aquele monte de ajetivos clichê que se usa para definí-la, está na hora de olhá-la um pouco mais de perto.
Como turistar, em um fim de semana, pela cidade mais doida do Brasil:
1) Centro
Ah, o centrão… onde a vida e loucura se abraçam. Ele tem milhões de defeitos, mas é amor platônico mesmo. Eu tenho meus lugares favoritos, tenho os que eu gosto de levar amigos que vem de fora e tem as novidades que descubro sem querer. Ou melhor ainda – aquele lugar que já está há décadas, mas é novidade porque você nunca foi.
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Da Catedral da Sé, por exemplo, todo mundo já escutou falar. Mas sabia que, embaixo do altar principal, tem uma outra igreja? Ela é, na verdade, uma cripta, onde estão enterrados bispos, arcebispos e cardeais de São Paulo. Sempre esteve lá e é do projeto original da igreja, mas até mesmo para os paulistanos ela é uma surpresa. Mais bonita e menos mórbida que a própria catedral, a cripta tem visitas guiadas todos os dias da semana, por R$ 7,00.
Na própria Praça da Sé, siga pela Rua do Pateo do Collegio até encontrar o próprio. Apesar do Marco Zero de São Paulo estar na praça da catedral, foi neste ponto que São Paulo começou. Quer dizer, começou a ser colonizada. O largo tem prédios belíssimos, todos muito bem conservados. Dentro do que era o colégio, há agora um café delicioso e, se você chegar até umas 10 ou 11 da manhã, ainda consegue comer o pão com manteiga que eles mesmo fazem. É sensacional pra uma pausa arborizada.
Ainda na mesma rua, siga em frente até o Largo de São Bento. O Mosteiro São Bento está ali desde muito antes da Catedral da Sé, mas permanece menos conhecido, já que ainda abriga monges. A catedral atual tem pouco mais de cem anos, mas as tradições medievais vem sendo carregadas desde que São Paulo foi fundada, há quatrocentos e sessenta e três. O silêncio é obrigatório, os turistas são raros e o canto gregoriano dos domingos de manhã (às 10:00) é a grande estrela.
Seja pela primeira ou pela centésima vez, encerre seu rolê pelo centro de São Paulo no Mercado Municipal. Se você gosta de cozinhar, vai ficar com vontade de comprar tudo. Se não gosta, subo ao mezanino, onde estão diversos restaurantes que servem o pastel mais gostoso da cidade: o pastel de bacalhau do mercadão.
2) Avenida Paulista e Minhocão
A Avenida Paulista é o maior centro financeiro e comercial de São Paulo, mas mesmo assim ela fica fechada para transito de veículos das 10 as 19h todos os domingos. E são inúmeras atrações para os pedestres: música é o que não falta.
Desde outubro de 2015, a principal via da cidade ganhou ares de Times Square e recebe cerca de 30.000 pessoas, que visitam o local para se exercitar, degustar uma comida de rua ou se divertir com os diversos artistas que se apresentam por lá.
A paisagem, geralmente cinza, séria e composta por vários veículos, ganha um colorido interessante. Você vai encontrar desde bandas independentes até um sósia do Roberto Carlos. É um passeio que vale muito a pena e faz até mesmo os paulistanos se sentirem turistas na própria cidade.
O Minhocão, ou elevado presidente João Goulart, é uma via expressa que liga o centro ao bairro de perdizes. Como ele fica a apenas 5 metros de alguns edifícios, ele é fechado todas as noites para evitar acidentes noturnos e diminuir o barulho na região.
E se a Av. Paulista fica fechada apenas aos domingos, no Minhocão é possível desfrutar um pouco mais da calmaria. A via fica fechada por quase 40 horas – das 15h de sábado até as 6h30 de segunda.
O cenário é bem diferente da atração citada acima: os prédios, em sua maioria residenciais, compõem a paisagem, com direito a grafites e outros tipos de arte. É, de fato, mais uma ótima opção pra quem quer curtir o fim de semana ao ar livre.
3) Museu da Casa Brasileira e Instituto Tomie Ohtake
Nos fins de semana, tanto o Museu da Casa Brasileira quanto o Instituto Tomie Ohtake são gratuitos. Ambos estão localizados na Avenida Faria Lima, a Manhattan paulista. Quem nunca veio a São Paulo, acredita que ela é a Nova York da América Latina. Quem mora nessa região, tem certeza.
O Museu da Casa Brasileira é uma das mansões históricas mais lindas de São Paulo e o acervo é o único da cidade conceituado no design de arquitetura. Fica ainda mais vivo com as exposições temporárias que, não necessariamente, estão relacionadas ao tema. E como todo passeio em São Paulo é só uma desculpa para ir comer depois, não deixe de saborear o buffet incrível (R$ 90,00 or pessoa) do Santinho, instalado nos jardins do fundo da casa.
No Instituto Tomie Ohtake está a casa de várias mega exposições que visitam São Paulo. No térreo, o teatro Cetip é uma ótima razão para visitar o instituto.
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Texto: Tiago Caramuru / Anderson Spinelli
Imagens: Tiago Caramuru / Anderson Spinelli
Edição: Sidney Michaluate / Anderson Spinelli