“Belo Horizonte é Inhotim e comida”, disse a Natália, do 360 Meridianos, quando soube que estávamos indo pra lá. Assim como seus mineiros, Belo Horizonte é uma capital fantasticamente carismática. A cidade é compacta e os pontos de interesse, além de estarem agrupados, tem quase tudo de graça. Para curtir um dia ao ar livre, pegue uma bicicleta e contorne a Lagoa da Pampulha. Para passear por prédios históricos transformados em museus, rumo ao Circuito Cultural da Praça da Liberdade. Um almoço no Mercado Central e uma noite de boemia na Savassi também não podem faltar.
1) Inhotim
Finalmente, Inhotim! Há quanto tempo queríamos visitar este lugar! O maior museu a céu aberto do mundo é um passeio pra se fazer em qualquer situação: com crianças, em casal, entre amigos ou solo. Esse lugar não é só um museu – é um parque, centro cultural e gastronômico. Mesmo que não houvesse nenhuma obra, já seria lindo. Não há a mínima necessidade de se gostar de arte ou levar conhecimentos do seu lado intelectualóide pra aproveitar a visita. Mesmo estando a 60 km de Belo Horizonte, em Brumadinho, o Inhotim acabou se tornando a maior atração de BH. Fizemos o parque inteiro em um dia e sem os famosos carrinhos de golfe.
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Entre as obras que mais gostamos: o globo doidão Da Lama a Lama, do Mathew Barney (foto); o canto gregoriano das caixas de som do Pavilhão Praça; pisar nos cacos de vidro da galeria Cildo Meirelles; e as projeções perturbadoras da galeria dedicada às fotos de Miguel Rio Branco; e a imersão na famosa sala vermelha, o Desvio para o Vermelho. Mas isso é totalmente pessoal – o Inhotim toma muito cuidado pra não dar highlights a nenhuma obra em especial, já que todas as instalações são surpreendentes. Para que você possa curtir esse lugar único, basta um sábado ou domingo livre, a vontade de conhecer um lugar totalmente incomparável e meia hora pra comer um pão de queijo com pernil no Café das Flores, entre as andanças.
Os jardins inspirados e influencidados pelo melhor estilo de Burle Marx dão a cara de Jardim Botânico. As galerias interativas são à prova de tédio. O primeiro dia no Inhotim é divertido pra todos; um segundo dia cai bem pra quem quiser ver o que faltou e ter uma refeição longa em um dos lindos restaurantes infiltrados nos jardins.
Como chegar: ônibus diários saem da Plataforma F2 da Rodoviária de Belo Horizonte, às 8:15. (confirme os horários no site oficial inhotim.org.br ). Preço: R$ 40,00 / Gratuito às quartas-feiras.
2) Praça da Liberdade
Em algum instante da sua visita a Belo Horizonte, você vai parar na Praça da Liberdade, uma praça parisiense bem no centrão. Construída para abrigar a sede do governo de Minas Gerais, assim que ela foi transferido de Ouro Preto para BH, esse lugar é um xodó dos locais, que a usam
para se exercitar, passear com os cães ou só pra lembrar de como a cidade é bonita.
O Palácio da Liberdade, que abrigava o gabinete oficial, agora se tornou um palacete impressionante, que encabeça um quarteirão com dezenas de museus sensacionais – todos gratuitos – nos prédios onde funcionavam as secretarias. Destaque para: Centro Cultural do Banco do Brasil, antiga Secretaria de Segurança Pública e infame sede do DOPES; Arquivo Público Mineiro; Casa da Economia Criativa; Espaço do Conhecimento; Casa de Cultura; e Museu das Minas e Metal, antiga Secretaria da Educação e provavelmente o prédio mais bonito da praça.
E pela Avenida Bias Fortes, a 15 minutos de caminhada, está o Mercado Central, ponto favorito dos belo horizontinos para se perder entre queijos, cachaças e doces de leite. Uma gelada artesanal entre uma loja e outra: pode também. Fica fácil saber porque eles gostam tanto do lugar. É nessa região que o Centro encontra Savassi, Lourdes e Santa Tereza, bairros que honram a fama boêmia de Belo Horizonte.
3) Lagoa da Pampulha
Imagine um parque. Agora, imagine que o parque não é um parque – é uma área pública, aberta, espalhada pelos 19 km do perímetro de uma lagoa.
Na Lagoa da Pampulha, estão os principais marcos de Belo Horizonte – em especial, o Complexo Modernista liderado pelo combo Niemayer – Burle Marx – Cândido Portinari, da década de 40. Composto pela icônica Igreja de São Francisco de Assis, o Museu de Arte da Pampulha (que era um cassino) e a Casa de Baile, o “complexo” pode dar a impressão de que as obras estão próximas. Na verdade, você vai precisar de algum veículo para se deslocar entre eles. De bicicleta é especialmente divertido, já que todos são prédios em que entrar é apenas um detalhe – o legal mesmo, são as formas e a harmonia que se vê do exterior. Há uma linha circular de ônibus que contorna a Lagoa da Pampulha, a 512. No entanto, para cada vez que se sobe no ônibus, há de se pagar uma nova tarifa. Estando em duas pessoas ou mais, já compensa pegar um táxi ou uber. Vale também pegar uma bicicleta e curtir a área da lagoa como ela deve ser curtida: ao ar livre!
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Texto: Tiago Caramuru
Imagens: Tiago Caramuru / Sidney Michaluate
Montagem: Anderson Spinelli
Edição: Tiago Caramuru / Anderson Spinelli
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