Koh Rong é um lugar pra você se isolar do mundo. Quanto menos pressa, mais proveitosa é a sua estada. A principal coisa para fazer aqui é desligar mesmo, tipo um detox da vida tecnológica por alguns dias. É bom lembrar que eu não tenho nada contra a tecnologia, até porque, se não fosse ela, eu não poderia estar aqui =D Mas é legal lembrar de vez em quando que existe vida sem wi-fi.
Saindo da capital Phnom Penh, que a gente mostrou no último episódio sobre o Camboja, são quatro horas de ônibus até Sihanoukville e mais duas de barco até a ilha de Koh Rong. A Giant Ibis a mais confiável das empresas de ônibus e tem minivans confortáveis. Inclusive, ela conta com sistema de compras online. Eu imagino que depois desse tempo todo você não queira uma praia barulhenta e cheia de lixo, então fuja da praia principal, a Monkey Island, que fica no sul da ilha.
O Camboja é lindo, fascinante e, o melhor – barato. Veja todos os episódios da mini-série que gravamos lá clicando aqui.
O hotel que eu fiquei foi o Palm Beach e, apesar do nome pretensioso, é um conjunto de bangalôs bem simples. Dá pra fazer kayak ou pegar uma máscara de snorkel, mas a verdade é que este canto não é para os ocupadões. A praia é muito convidativa pras caminhadas longas, especialmente pela manhã, bem cedo, ou no fim da tarde, quando a humidade e calor absurdos do Camboja não estão mais castigando.
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Entre momentos de solitude e cervejas pegas no único bar da região – o do hotel – conversas filosóficas sobre a vida surgem tanto quanto os cães que brincam o dia inteiro pelas praias.
A ilha não tem internet e, dependendo da hora, a água e a eletricidade são racionados. Banho frio durante o dia e banho de repelente antes de ir dormir. De manhã cedo, com a maré ainda baixa, formam-se lagoas ao longo da praia, com ilhotas de areia alisadas pela água calma. Enquanto os siris caminham livres de humanos, o sol vai subindo e a água ficando cada vez mais azul.
A ilha tem mais de 40 quilômetros de praias tão virgens, que ainda nem têm nome. Claro que, com o crescimento desenfreado do turismo no Sudeste Asiático, os preços baixos e a falta de leis ambientais, é capaz que essa paz toda aqui, que parece não ter fim, acabe em cinco ou dez anos. Fato é que, hoje, a vida aqui, ainda corre de um jeito descolonizado. As crianças estudam e brincam, os pescadores trabalham para sua subsistência e ninguém fica estressado sem motivo com tanto espaço pra compartilhar. Não há passagem de uma praia a outra por terra, pois o interior da ilha ainda é de mata nativa, floresta mesmo. Tem que se pegar um bote, quase sempre fretado pelo seu hotel. Na verdade não há necessidade alguma, até porque as praias tem a mesma vibe, de relaxar em uma rede embaixo das palmeiras.
Não se preocupe, não se ocupe… relaxe! Se Koh Rong não é o grande motivo pra você visitar o Camboja, acredite: é importantíssimo se dar dois ou três dias assim, de bobeira mesmo, em qualquer viagem pelo Sudeste Asiático.
Texto: Tiago Caramuru
Imagens: Tiago Caramuru
Edição: Tiago Caramuru / Anderson Spinelli
Onde ficar em Koh Rong
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